segunda-feira, 9 de junho de 2008

Era uma vez um filme eterno.

Existem muitos tipos de filmes. Aqueles que você assiste e odeia, aqueles que você assiste, se diverte e esquece em cinco minutos, aqueles emocionantes e aqueles que você deveria assistir ao menos uma vez por ano. O Poderoso Chefão I e II, Chinatown, 2001 – Uma Odisséia no Espaço, Lawrence da Arábia e alguns outros estão inseridos na última categoria.

Uma dessas obras-primas do cinema pertence ao gênero western, foi dirigida por um italiano, com uma atriz italiana, com dois astros americanos e foi filmado na Itália, Espanha e EUA. “Era Uma Vez no Oeste”, foi realizado por Sérgio Leone (1929-1989) que era um apaixonado pelo gênero e ficou famoso por criar um sub-gênero chamado western-spaghetti, porque os filmes eram produzidos na Itália. Seus filmes mais famosos ficaram conhecidos como a trilogia dos dólares, “Por um Punhado de Dólares”, “Por uns Dólares a Mais” e “Três Homens em Conflito”. Além de lançarem um gênero, estes filmes revelaram o talento de um famoso ator e diretor de Hollywood, premiado com vários Oscar’s, Clint Eastwood.

Porém, sua obra-prima para o gênero, só seria feita em 1968, dois anos após o término da trilogia dos dólares. Na verdade o grande projeto de Sérgio Leone e também seu canto do cisne seria “Era Uma Vez na América”, mas o estúdio que financiaria seu grande filme exigiu que ele fizesse um western antes. Eles só não sabiam duas coisas, a primeira é que o filme não foi um sucesso imediato, nem de crítica, nem de público e segundo que anos depois ele seria reverenciado por grandes nomes do cinema, como o próprio Clint Eastwood, John Carpenter e outros.

Outro fator importante do filme foi o elenco. Quatro personagens principais, Jill McBain, Harmônica, Frank e Cheyenne, foram interpretados por Cláudia Cardinale, Charles Bronson, Henry Fonda e Jason Robards, respectivamente. Henry Fonda fez neste filme o único papel de vilão de toda a sua carreira. E que vilão. Você fica com medo, toda vez que ele aparece. Cláudia Cardinale está belíssima, Charles Bronson está perfeito como o assassino da Harmônica e Jason Robards faz um papel dúbio, quase um anti-herói. A trilha sonora é inesquecível e possui quatro temas principais, um para cada personagem. As locações, principalmente as de Monument Valley no Arizona, estão impecáveis.

Apesar de suas três horas de duração, vale muito a pena assistir esse clássico do western, um gênero que cedo ou tarde acaba reaparecendo com clássicos como Os Imperdoáveis e mais recentemente com o remake de Galante e Sanguinário, rebatizado de Os Indomáveis, com os astros Russell Crowe e Christian Bale.

2 comentários:

Divã do Masini disse...

O Chuck Norris não está nesse filme? Já pensou, Chuck Norris e Charles Bronson juntos? Tremei bandidos!

PS. Acho que não daria certo. O comprimento das armas de Bronson atrapalharia os mortais de Norris.

Abraços

Amalio Damas disse...

Marcão, a carreira do Charles Bronson pode ser definida como antes e depois de Desejo de Matar. Além de Era Uma Vez no Oeste, ele participou de Sete Homens e Um Destino, Os Doze Condenados e o próprio Desejo de Matar, que não são clássicos, mas são todos filmes bons, depois ele repetiu o mesmo papel de Paul Kersey o resto da vida, infelizmente. Agora imagine um remake de Sete Homens e um Destino com Vin Diesel, Chuck Norris, The Rock, Van Damme, Stevem Seagal, Stallone e Schwarzenegger. Seria um "crássico" instantâneo, hahahaha!!